Pedro preguiça 懒惰的佩德罗

Pedro preguiça 懒惰的佩德罗

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Havia um rapaz, que era muito preguiçoso. Um dia mandou-o a 
mãe ir buscar lenha mas ele não quis ir. Ela prometeu-lhe então um pão e ele foi. Depois de fazer um molho de lenha, sentou-se em cima. Apareceu-lhe, então, um peixe que lhe disse: pega-me no rabo e lança-me ao mar, que eu faço com que o molho te leve, e te prometo ajudar em tudo, logo que me chames. 
Pedro lançou o peixe ao mar e colocou-se em cima do molho, que se pôs a andar. 
Chegou à cidade, por onde tinha de passar, e a princesa pôs-se a rir de ver o rapaz, a cavalo no molho de lenha. Pedro olhou para a princesa e disse: 
- Ah, ri de mim! Pois hei-de pedir ao meu peixe que faça que eu 
tenha da princesa um filho. 
Efectivamente logo que o rapaz chegou a casa pediu ao peixe que a 
princesa tivesse um filho mas com um bilhete na mão, dizendo que quem o tirasse era o seu pai. 
Passado tempo era notório que a princesa, sendo solteira, tinha um 
filho com um bilhete que dizia: quem o tirar da mão do menino é seu pai. 
O rei impôs a toda a gente que fosse experimentar se tirava o bilhete, mas ninguém conseguiu tirá-lo. Foi o Pedro e tirou o bilhete. Foi imediata- 
mente preso juntamente com a princesa e o filho. 
Na prisão perguntou a princesa ao Pedro como fora que ela tivera um
dele um filho; e Pedro contou-lhe a história do molho de lenha e o pedido que fizera ao peixe. 
Fazes-me um favor? . pediu a princesa
- Faço. 
- Pede ao peixe que me dê o mesmo poder que te deu. 
O peixe, consultado por Pedro, respondeu que sim e este 
foi logo dar à princesa a resposta. Foi ela para o seu quarto, 
chamou o peixe e perguntou-lhe se de Pedro podia fazer-se um homem 
inteligente e sábio. O peixe disse que sim. Então a princesa, que era 
muito inteligente e de muito saber, ensinou a Pedro tudo o que sabia. 
Entretanto o pai da princesa era de cada vez mais rigoroso com 
ambos: de dia para dia aumentavam os castigos na própria prisão. 
Um dia chamou a princesa o peixe e pediu-lhe que formasse um 
palácio e um jardim muito rico e uma pereira com pêras de ouro no centro do jardim, e logo que seu pai passasse debaixo da pereira lhe caísse no bolso uma pêra de ouro, sem que ele desse por isso nem os seus companheiros a vissem. 
No outro dia estava formado um lindo palácio e um belíssimo 
jardim com um pereira de ouro no centro e tudo defronte do palácio 
do rei. 
Correu logo a notícia do palácio e do jardim, e toda a gente os foi 
visitar. Foi também o rei com toda a corte, e logo que avistou a pereira proibiu que ali fosse alguém colher pêras. Apenas o rei passou junto da pereira caiu-lhe a pêra no bolso e ninguém viu nem o rei sentiu. 
Então a princesa teve artes de se disfarçar e de iludir os guardas e 
apresentar-se ao rei, queixando-se de que lhe tinham roubado uma pêra da pereira. 
Quem roubou a pêra? perguntou o rei muito zangado. 
- V. Majestade - disse a princesa. 
- Como podia roubar a pêra se fui eu que proibi que colhessem da pereira as pêras? 
- Na algibeira de Vossa Majestade está a minha pêra. 
O rei meteu a mão no bolso e encontrou a pêra. 
- Como podia roubar a pêra se disso não tive consciência? 
- Do mesmo modo por que tive um filho sem consciência própria, respondeu a princesa, dando-se a conhecer. 
Ao mesmo tempo apareceu o filho da princesa e pôs-se a chorar e a 
abraçar as pernas do avô. 
O rei compreendeu a inocência da filha e fez as pazes com ela. 
Pedro veio também para o palácio e revelou tanta inteligência e saber 
que foi escolhido pelo sogro para comandante geral dos seus exércitos.
O neto cresceu e foi um grande rei. Não teve irmãs.

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